Dr. Ivan Rollemberg esclarece as principais dúvidas sobre o procedimento

(Reprodução/Pinterest)

O boom na busca de procedimentos estéticos que aumentassem o volume dos lábios e melhorassem sua aparência se deu em meados dos anos 2000 — principalmente, por conta das irmãs Kardashians — e segue até hoje muito em alta. Atualmente, muito se fala do preenchimento labial e como ele é capaz de elevar a autoestima.

São vários os motivos que levam à busca por procedimentos para dar um up nos lábios, entre eles, podemos listar o desejo de ter uma boca maior e mais preenchida, a vontade de melhorar a harmonia do rosto como um todo e o envelhecimento natural da região. Se você está interessado em fazer ou apenas quer entender como funciona o preenchimento labial, convidamos o dermatologista Dr. Ivan Rollemberg para esclarecer tudo o que você precisa saber sobre o procedimento. Confira abaixo:

Quais são os cuidados especiais que os pacientes devem tomar antes de um procedimento de preenchimento labial?

Primeiro, devemos investigar a real necessidade e objetivos do paciente em conjunto com uma análise facial global. Segundo, é importante excluir infecções ativas, como herpes simples. Por último, devemos avaliar se há a necessidade de remodelamento nos casos de lábios pré-preenchidos para não causarmos o efeito de “bico de pato” pelo excesso de volume.

Existe alguma contraindicação para o preenchimento labial?

As contraindicações são a alergia conhecida aos componentes dos preenchedores, doenças do colágeno ativas (como lúpus eritematoso e esclerose sistêmica) e as infecções ativas.

Como o preenchimento labial reflete na nossa autoestima?

A boca é uma importante ferramenta de expressão corporal. Lábios finos passam a informação de seriedade, enquanto lábios volumosos podem ser vistos como símbolo de sensualidade. A autoestima está ligada diretamente à beleza que aquele lábio proporcionará naquele rosto.

Muitas pessoas têm medo de ficarem com os lábios “fake”. Como podemos preenchê-los de uma maneira mais natural?

O melhor resultado advém de uma adequada análise cefalométrica (análise das dimensões da parte estrutural do crânio e da face das pessoas) e emprego da técnica correta. É preciso, inicialmente, entender a morfologia do lábio que será preenchido em conjunto com toda a face para não distorcermos as proporções naturais da face.

Quais são os principais benefícios do preenchimento labial em comparação com outros procedimentos estéticos para os lábios?

É um procedimento de rápida realização, reversibilidade e alto grau de satisfação.

O procedimento é doloroso?

Quando feito sob anestesia, o procedimento é praticamente indolor, é de suma importância realizarmos bloqueios nervosos na região do lábio para controle da dor. É normal sentir pressão ou movimentação da cânula durante o procedimento.

Qual é a sua experiência com diferentes tipos de materiais de preenchimento labial e como você determina o mais adequado para cada paciente?

Cada preenchedor tem sua característica físico-química própria, sendo alguns mais moldáveis do que outros. Devemos ter em mente o objetivo que queremos chegar, se for hidratação, por exemplo, usamos preenchedores mais fluidos, no caso de volumização, é ideal utilizar preenchedores mais firmes. Tenho usado alguns produtos da linha UP da ILIKIA — feita à base de ácido hialurônico — que apresenta preenchedores com todos os graus possíveis de viscoelasticidade, como o Up Deep e o Up Fine, se adequando a ambos os objetivos: volumização e hidratação. É uma linha completa com resultados satisfatórios e duradouros.

Quais são os fatores que podem influenciar a longevidade dos resultados do preenchimento labial, além do tipo de material utilizado?

Para manter resultados duradouros, é preciso escolher produtos com perfil de segurança e longevidade no mercado. A duração do preenchedor relaciona-se ao grau de adesão (cross-linking) entre as partículas de ácido hialurônico. É importante trabalhar com produtos que contenham o cross-linking adequado. Além disso, deve-se evitar massagear o local para não haver migração ou degradação do produto.