Gosto de vir à Roma. É uma cidade caótica, repleta de gente andando por toda a parte, trânsito complicado… Mas eu a amo. Os turistas vêm de todas as partes do mundo e eu me pergunto: “o que faz tanta gente querer conhecê-la?”. A minha conclusão é que essa é uma cidade que tem alma e coração.
Se respira cultura, história e arte das mais variadas formas. Cada esquina e rua têm algo para contar. Quantas gerações já passaram por lá e deixaram suas marcas, seus sonhos? Roma foi fundada, aproximadamente, em 753 a.C. Você pode imaginar quanta cultura existe por lá?
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Em cada ponto que paramos, sempre há um acontecimento a descobrir. No verão, principalmente, a cidade fica repleta de jovens, que sentam nas praças e fontes tentando absorver toda essa história milenar. A Fontana di Trevi é um belo exemplo. Em certos dias, é bem difícil chegar perto da água de tanta gente que passa. Além de ser um cartão postal do tipo must-go, o ritual de jogar a moedinha de costas para poder retornar à cidade é algo que existe há muitos anos e, mesmo quem não acredita, acaba jogando a sua, afinal, é melhor não discutir. O incrível disso tudo é reparar nas pessoas enquanto fazem seus pedidos e perceber quantos sonhos e anseios estão por trás desse simples gesto.
Deixamos para ir à Fontana no final da tarde, pois durante o dia estava muito cheio. Durante à noite, além de ter um jogo de luzes lindo, podíamos caminhar. Presenciamos um rapaz fazendo um pedido de casamento à namorada lá mesmo. Ele ajoelhou e abriu a caixa do anel no meio de todos, em plena praça. Não preciso disse que absolutamente todo mundo amou isso e ela, logicamente surpresa (e um pouco pressionada pela multidão) disse um sonoro “sim”… Ah, vocês não imaginam os aplausos, o povo ficou enlouquecido. Essas memórias ficarão não somente para eles, os noivos, mas para cada um que lá esteva e contribuiu para um momento muito mais mágico. Isso que o torna ainda mais especial.
E os demais lugares? São tantos à visitar que eu não acabaria mais de escrever. Um dia, sozinha, comecei a andar meio que sem rumo e acabei entrando na Villa Borghese, um conjunto paisagístico com jardins maravilhosos. É um lugar para correr, fotografar ou simplesmente passear. Além disso, dentro do complexo há vários edifícios pequenos que também fazem o passeio valer a pena, como uma galeria de arte e museu. É um espaço muito calmo, tranquilo e, claro, com muita história. Naquela calmaria, me lembrei de uma antiga música italiana que o cantor falava sobre a Villa Borghese e dizia que havia um coração que batia no coração de Roma. Ao meu ver, não somente o parque batia assim, mas toda Roma é pulsante!
Além disso, não é difícil se apaixonar em Roma. Não mesmo! Com a cidade fervilhando de gente, sua alma gêmea pode estar dentro de uma cafeteria ou comprando um gelato. Portanto, olhos abertos.